A fragilidade da estrutura familiar presente na realidade dos pacientes oncohematológicos

A fragilidade familiar condiz à carência emocional e afetiva por parte do grupo familiar direcionada aos filhos. As crianças que foram rejeitadas, abandonadas, que não receberam carinho afetivo por parte da família tendem a ter uma carência afetiva, pois não aprenderam a dar ou receber carinho. É importante destacar que a maioria dessas pessoas se fecha emocionalmente, vivendo em uma espécie de bolha de difícil acesso. Ao receber o diagnostico a criança e/ou adolescente precisa ter a presença física e afetiva do grupo familiar para lhe encorajar a aderir ao tratamento e para dar continuidade ao processo curativo, que é a longo prazo.

            Nota-se que no decorrer dos anos o conceito família vem sofrendo diversas transformações sociais, com variações consideráveis em decorrência dos desenvolvimentos sociais, culturais, de gêneros e econômicos de cada civilização, em face do interesse e do novo redimensionamento da sociedade, transformações essas que afetaram o sentido real de família, onde há uma quebra da estrutura familiar em que membros por não ter vínculos fortalecidos, não conseguem enxergar a gravidade da doença e a importância de se fazer presente nesse momento difícil e doloroso.

O paciente que já tem entendimento se vê sozinho, distante de carinho maternal e cuidados necessários do tratamento. Os profissionais da equipe multidisciplinar devem estar atentos a essas situações de caráter social, visto que irão refletir na adesão e resposta ao tratamento do paciente.

            Diante de situações de fragilidade familiar, o profissional de serviço social deve atuar de forma que realize intervenções no grupo familiar com direcionamento a rede assistencial através do Proteção e Atendimento Integral a Família (PAIF), a qual realiza ‘’trabalho de cunho social com famílias, de caráter continuado, com a finalidade de fortalecer a função protetiva da família, prevenir a ruptura de seus vínculos, promover seu acesso e usufruto de direitos e contribuir na melhoria de sua qualidade de vida.’’

Larissa Gregório Rocha

Assistente Social – Casa Durval Paiva

CRESS/RN 4793

Por Larissa Gregório Rocha

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