A importância da mãe durante e no pós-tratamento oncopediátrico

A figura materna é uma das mais importantes e influentes na vida dos seres humanos, mas essas mamães também são fruto de sua criação, com influencias culturais, sociais, biológicas e espirituais. Isso também é transferido para o seu filho, independentemente de ser uma criança doente ou saudável.

Costumamos falar, no setor de psicologia da Casa Durval Paiva, que não existe ex-mãe, mas também buscamos a ressignificação do que se diz a maternidade. Quando o seu filho passa por uma doença tão perigosa e que exige tanta vigilância, tende-se a mãe ser a principal acompanhante, deixando seu emprego e sua casa para dedicar-se totalmente à saúde do seu filho.

Com o estresse, durante esse percurso, e medos, muitas mães fazem um movimento inverso ao que de costume acontecia – ou seja, deixam de estimular a autonomia de seus filhos e reforçam o comportamento disruptivo para a sua faixa etária. Quando percebemos ações como essas acontecendo em nossos pacientes, toda a equipe técnica se reúne para realizar um Plano Terapêutico Singular – PTS.

O PTS visa respeitar as particularidades de cada família, religião e etnia, com o intuito de regulação psicobioespitirual, possibilitando com que um trabalho de promoção e prevenção possa acontecer. Isso quer dizer que se busca inibir sequelas como o estresse precoce, pânico, ansiedade por apego, depressão e, em muitos casos, até mesmo a desconstrução de um luto complicado.

Não existe nada mais sublime do que o dom da vida, mas como devemos viver? Quem deve nos dizer isso? Viver não é uma receita de bolo, cada criança e cada mãe são únicos, é preciso aceitar a individualidade do outro, mas sempre podemos trabalhar potencialidades a serem desenvolvidas e o psicólogo está aqui para auxiliar nesse processo.

Por Ana Kariny Cabral Araújo - Psicóloga Casa Durval Paiva - CRP 17/4665

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