Como tratar o câncer infantojuvenil

Segundo a Wikipedia, o significado de tratamento, para a área da saúde, é um conjunto de ações que sejam higiênicos, curativos, farmacológicos, cirúrgicos ou físicos, com uma única finalidade da cura ou atenuar os sintomas.

Quem não quer ter a cura, após um diagnóstico de câncer? Uma palavra pesada e que causa diversos efeitos, alterando o psicológico, emocional e físico, atingindo não só o paciente, como a sua família. Ao surgirem os sinais e sintomas do câncer infantojuvenil é preciso passar etapas, percorrer um caminho, que se inicia com uma consulta, passa pela realização de exames, se faz o diagnóstico, solicita mais exames, se necessário, até chegar ao tão esperado tratamento.

Se observar bem, a primeira etapa do tratamento começa no diagnóstico eficaz, com a realização de exames em centros especializados e, assim, segue para próxima etapa, que é encaminhar esse paciente ao hospital de referência, para que ele inicie o tratamento, conforme todo o levantamento do tipo de câncer, tamanho do tumor e estadiamento.

A cirurgia, a quimioterapia, a radioterapia e o transplante de células tronco são algumas das modalidades de tratamentos para o câncer. A cirurgia faz parte da modalidade do tratamento, contudo, não é necessário seguir essa ordem, isso vai depender da especificidade do câncer. Um grande componente, que deve fazer parte desse contexto, é a família. O cuidado deve ser integral e vai muito além, desde o seu contexto social, questões de moradia, bem estar e qualidade de vida. A recuperação desse paciente não é só biológica, ela ultrapassa as barreiras e o envolvimento multidisciplinar, para que essa criança tenha um tratamento seguro e junto aos seus familiares.

A quimioterapia age destruindo as células doentes e impedindo que se espalhem pelo corpo. Pode ser intravenosa, intratecal, intramuscular, subcutânea, tópica, intra arterial, intra peritoneal, intra vesical, via oral, neoadjuvante, adjuvante, curativa e paliativa e concomitante a radioterapia. A radioterapia são radiações ionizantes, que servem para destruir o tumor ou impedir que as células se multipliquem. Já o transplante de células tronco pode ser utilizado como uma forma de tratamento de doenças do sangue e consiste em fornecer aos pacientes células progenitoras. Ele divide-se em transplante autólogo, alogênico ou das células do cordão umbilical.

O tratamento não é o “agora” ele perpassa por todas as etapas do antes, durante e após, sempre prevalecendo o bem estar do paciente e de seus familiares, que precisam ser tão corresponsáveis, como toda a equipe médica e multidisciplinar, para o bom andamento do tratamento.

A Casa Durval Paiva vem, há muito tempo, se qualificando e estreitando esses laços com os pacientes e familiares, onde são realizadas, semanalmente, reuniões multidisciplinares para discutir os casos e achar a melhor forma para interagir com o paciente e seus familiares, buscando, sempre, passar a melhor informação, esclarecendo as dúvidas e dando o suporte necessário para a melhoria do tratamento.

Em caso de dúvidas, sobre qualquer problema ou esclarecimentos, a orientação é que se procure o médico. O câncer infantojuvenil tem até 80% de chance de cura, se for diagnosticado precocemente e encaminhado ao centro especializado, para que o seu tratamento se correto, ágil e eficaz.

Por Rilvana Campos Câmara - Coordenadora do diagnóstico precoce da CDP

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