A procura por inclusão digital e a substituição de contatos físicos por relacionamentos via internet tornam o processo enfrentado por pacientes oncológicos melhor e mais fácil, deixando as crianças e adolescentes mais suscetíveis a novos aprendizados, tendo em vista que os mesmos podem fazer uso desse recurso para melhorar a aceitação do enfrentamento do câncer.

O processo enfrentado por eles é de grande impacto psicológico e físico, tendo em vista que irão ter de se adaptar às novas rotinas e situações diferentes das de costume, como ir a hospitais e relacionamentos a distância. Os recursos tecnológicos, por sua vez, vêm quebrando essas barreiras, trazendo maior aproximação entre entes queridos e amigos, aperfeiçoando os estudos e facilitando a aceitação da nova rotina dos pacientes.

Observamos que o uso das novas tecnologias aumenta a curiosidade, faz com o que o indivíduo desperte o interesse e comece a buscar outras atividades, utilizando os recursos da internet para pesquisas, melhorando sua capacidade de leitura e escrita, habilidades e o desenvolvimento de atividades mais complexas, também o relacionamento interpessoal com outros pacientes e seu estado motivacional.

Vemos essa realidade no convívio com os pacientes da Casa Durval Paiva, dentro do laboratório de Informática, onde adolescentes e crianças, se unem a interação ao mundo digital. Eles utilizam o computador e a internet como ferramenta de auxilio aos seus estudos e como forma de melhorar suas relações sociais com as pessoas, após sofrer os impactos da descoberta da doença oncológica.

É importante orientar quanto as formas de utilização e riscos. Tendo em vista que alguns pacientes possuem um enorme sentimento de tristeza. Em alguns casos se faz necessária a intervenção psicóloga para realização do trabalho, com o intuito de conscientizar sobre os perigos da internet, para que possam estar dispondo de recursos para melhorar a comunicação, possibilitando assim novas escolhas e rumos a serem seguidos.

Ressaltamos assim a importância dos pacientes oncológicos infanto juvenis, durante o processo de tratamento, estarem envolvidos em atividades de informática, para seu próprio desenvolvimento, conscientização e auxílio na formação de sua cidadania digital.

Mayckon Dantas

Analista de TI – Casa Durval Paiva