Rilvana Campos Câmara
Coordenadora do diagnóstico precoce – Casa Durval Paiva
O câncer é uma doença que tem um crescimento acelerado e desordenado de células consideradas anormais. A quimioterapia é um dos tipos de tratamento para combater esse crescimento, fazendo com que haja inibição de crescimento, destruindo as células anormais, que causam a doença.
O tratamento com a quimioterapia varia, de acordo com o tipo de tumor e seu estadiamento, cada caso é um caso, cada organismo reage de maneira diferente e o médico irá avaliar como proceder com o seu paciente e só ele poderá dar alta ou finalizar o tratamento. Ele pode ser diário, semanal ou mensal, geralmente, a quimio é administrada em ciclos, intercalando com períodos de descanso, para permitir que o corpo se recupere.
O quimioterápico deverá ser administrado pelo enfermeiro especializado, o paciente tem que ser monitorado e ter seus sinais vitais avaliados. Existem vários tipos de quimioterápicos, eles podem ser administrados pela via oral (boca), em forma de comprimido, cápsula ou líquidos e ser administrado em casa; intravenosa (IV/EV – diretamente pela veia), esse deverá ser realizado no ambiente hospitalar e podem ser utilizados cateteres totalmente implantados ou acesso venoso central, que facilita muito o tratamento, evitando o ato de puncionar o paciente a todo momento.
Além destas, podemos citar a intramuscular (administrando uma injeção diretamente no músculo); a subcutânea (através da injeção administrada por debaixo da pele); a intracaneal ou intratecal (via espinha dorsal ou diretamente no líquor, que deverá ser administrado pelo médico assistente); a via intra-arterial (administração da quimioterapia na artéria principal, que fornece sangue ao tumor, para tratar uma única área, como o fígado, um braço ou uma perna); a via intracavitária (o medicamento é administrado por meio de um cateter direto no abdômen -quimioterapia intraperitoneal – ou no tórax – quimioterapia intrapleural); a via intralesional (inserção de pequena quantidade do medicamento quimioterápico diretamente no tumor); a via intravesical (administrado diretamente na bexiga, por meio de um cateter, onde age por algumas horas, sendo drenado, com a remoção do cateter); e a tópica (aplicação de pomadas, gel ou cremes diretamente na região afetada).
Os efeitos quimioterápicos irão depender do paciente, medicamentos utilizados, dose administrada e do tempo do tratamento. Seus efeitos poderão ser a fadiga, perda de cabelo, hematomas, hemorragias, diarreias, vômitos, náuseas, constipação, perda de peso, infecções, anemia, perda de apetites, inflamações na boca, problemas renais, alterações de humor e na libido, infertilidade, alteração na concentração, problemas neurológicos, entre outros.
Isso não quer dizer que o paciente terá todos esses efeitos, algumas pessoas não apresentam e outras, muito pouco, mas sempre é bom prestar atenção e comunicar a enfermeira e ao médico, caso haja alguma alteração.
É necessário que a interação com a família seja uma via de mão dupla, que a equipe possa informar e orientar, em relação aos cuidados necessários, e o familiar tomar todas as precauções necessárias. Lembrando que o paciente ficará com sua imunidade baixa e eliminando resíduos do seu organismo, através de eliminações corporais, sendo necessário um cuidado com todos ao seu redor.
A Casa Durval Paiva tem esse cuidado com todos os pacientes e acompanhantes, fazendo com que os mesmos se sintam acolhidos e orientados, para que o seu tratamento ocorra da melhor forma possível. Em caso de dúvidas ou sintomas pós quimioterapia, procure um médico, o mais rápido possível.