Rilvana Campos Câmara
Diagnóstico Precoce – Casa Durval Paiva
Coren – RN 223.574 – ENF
Osteossarcoma. É uma palavra grande, diferente e com um significado não muito belo. É mais conhecido como sarcoma osteogênico. Independente do nome, ambos têm o mesmo significado: É o câncer ósseo primário mais frequente e que se inicia nas células ósseas. Caracterizado por um tumor maligno e com origem na superfície externa do osso, o famoso tutano. Esse tipo de tumor prefere os ossos longos e, quando metastiza, acomete os pulmões.
São causados por erro no DNA e como em crianças e adolescentes as células se multiplicam muito rápido, elas têm um descontrole desordenado do crescimento das células, causando o tumor. Com isso, começam os primeiros sintomas, surgindo a dor local, que, muitas vezes, é confundida com a dor do crescimento, calor, rubor, inchaço e essa dor vai aumentando gradativamente, fazendo com que o paciente comece a ter a dificuldade de locomoção e fraturas. Infelizmente, esse jovem chega ao hospital com uma massa tumoral muito grande.
Ele acomete mais os adolescentes, de 3 a 5%. De todas as neoplasias dessa faixa etária, é a mais comum em meninos e o seu pico de incidência acontece entre os 10 e 19 anos de vida, principalmente na fase dos “estirões”, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). O início de uma fase linda, de sonhos e descobertas, que pode acabar, em muitos casos, com mutilações, devido aos diagnósticos tardios.
Esse diagnóstico pode se dar através de uma radiografia simples, com uma anamnese feita por um profissional e o sucesso para o manejo dessa doença se deve ao cuidado no atendimento, um estudo do estadiamento, uma biopsia, cirurgia adequada, quimioterapia pré e pós operatória e, em alguns casos, necessitando de radioterapia. O seu tratamento é lento e a longo prazo.
A criança acompanhada na Casa Durval Paiva, com diagnóstico de Osteossarcoma, tem um acompanhamento com a equipe multidisciplinar, principalmente com a fisioterapeuta da CDP, que mantem um contato próximo com o médico assistente, o qual realizou a cirurgia, e o médico que acompanha o paciente no tratamento quimioterápico.
O câncer infantojuvenil tem cura, precisamos sempre incentivar, disseminar, sensibilizar e capacitar os profissionais da saúde e educação, para que essas crianças cheguem, o mais rápido possível, para o tratamento e, assim, poderem ter uma cura sem sequelas.