A humanização no âmbito da saúde atua no sentido de proporcionar um tratamento que leve em conta a totalidade do individuo. Ela pode ser definida como o resgate do respeito à vida humana, levando-se em conta as circunstâncias sociais, éticas, educacionais, psíquicas e emocionais presentes em todo relacionamento. Um tratamento humanizado por parte de uma equipe de saúde é capaz de influenciar de forma positiva em todas as fases de uma doença. Estudos apontam que, no momento do diagnóstico, a atitude do profissional frente à família pode amenizar o choque causado pela notícia.

Para um trabalho humanizado, é de muita relevância que os profissionais atuem na disseminação e na reprodução de um trabalho de qualidade. Através de reuniões de equipe e grupos de estudo, os pacientes são avaliados em sua totalidade sempre em busca do conhecimento que possa auxiliar no tratamento. Assim é realizado o trabalho da equipe de saúde na Casa de Apoio à Criança com Câncer Durval Paiva. Esta proposta existe porque se sabe que um tratamento humanizado passa a ser mais importante quando entendemos o contexto do aparecimento de uma doença. O adoecer humano perpassa por fatores como: predisposições genéticas, cultura, stress, perdas, personalidade, fatores socioeconômicos, história de vida, ou seja, é um processo multifatorial. E no caso do câncer, cabe a especialidade da psicooncologia tentar esclarecer a relação entre as variáveis psicológicas e o desenvolvimento do câncer.

No momento em que o profissional se dispõe a relacionar-se de forma mais personalizada, menos objetada e mais humanizada, é estabelecido um vínculo entre o profissional, o paciente e os familiares, e, assim, o paciente passa da situação de “caso” para a de pessoa, prevalecendo o sentimento de empatia. A forma como um profissional de saúde entende o processo de adoecimento e enfrentamento da doença, por que passa o indivíduo portador de uma patologia, é também um diferencial na atuação com o paciente.

Os profissionais de saúde devem sempre buscar trabalhar em equipe, especialmente quando se trata do acompanhamento do paciente oncológico infanto juvenil, uma vez que a união e o compartilhar dos saberes é um fator que vai poder beneficiar o tratamento na busca de adaptações e soluções positivas para o enfrentamento da doença pela família e pelo paciente.

Escrito por Julliana Macêdo.