Com o diagnóstico de câncer, muita coisa é afetada e modificada. O paciente oncológico pode apresentar alteração ou incapacitação do desempenho ocupacional independente em sua qualidade de vida e no seu desenvolvimento global e intelectual sendo, portanto, este o enfoque do trabalho da Terapia Ocupacional no processo de habilitação e/ou reabilitação, motivação e reinserção social do paciente. As mudanças na vida marcam este período e o cotidiano passa a ser organizado em função do tratamento. O que antes era feito com extrema facilidade, como por exemplo: escovar os dentes, pentear os cabelos, hoje, devido ao tratamento, o paciente possui dificuldades que podem ser supridas com o trabalho terapêutico ocupacional.
Essa intervenção é realizada conjuntamente, na medida do possível, aos desejos da família, do paciente e também das necessidades observadas pelo terapeuta. Para isso, o terapeuta poderá oferecer ao paciente em tratamento oncológico atividades manuais, lúdicas, artísticas e expressivas; também melhorar a autoconfiança, bem estar e autoestima; faz uso de exercícios terapêuticos; massagem, alongamento e relaxamento; técnicas de controle da dor e da fadiga; confecção e indicação de órteses – aparelhos utilizados para melhorar a posição das diversas partes do corpo, permitindo movimentos ou evitando sequelas; realiza acolhimento, apoio e escuta sempre buscando uma melhoria da qualidade de vida, favorecendo a continuação do desenvolvimento global da criança.
Portanto, constatamos que mesmo diante do enfrentamento do câncer, é possível adquirir novas habilidades, treinar outras anteriormente perdidas, dar continuidade aos planos, fazer novos plano se projetos para essa fase da vida.
Escrito por Alessandra Moreira – Terapeuta Ocupacional da Casa Durval Paiva.