Adesão da ingestão oral de medicamentos no tratamento do câncer

Adesão da ingestão oral de medicamentos no tratamento do câncer

Adesão da ingestão oral de medicamentos no tratamento do câncer

Isabelle Resende 

Farmacêutica – Casa Durval Paiva

CRF2541

A quimioterapia oral ainda é a forma mais utilizada para combater o câncer infantil. No entanto, as formas farmacêuticas disponíveis no mercado, para a pediatria, ainda são poucas e algumas características dificultam a ingestão dos medicamentos pelos pacientes, fazendo com que, em alguns casos, eles se recusem. Isso pode dificultar o tratamento, pois as doses que deveriam ser tomadas por completo, acabam por ser insuficientes e não obtendo o efeito esperado, por insuficiência da dose.

Existem diversos motivos que dificultam a adesão aos medicamentos, nos pacientes pediátricos, os principais são: gosto, cheiro e aspecto. A adesão ao tratamento, conforme a prescrição médica, garante a eficácia e a sobrevida do paciente, com chances de diminuição de progressão da doença. Se o paciente, após a alta para o domicílio, não seguir as recomendações, isso pode acarretar em diversas consequências, como a redução da sobrevida, progressão da doença e diminuição da eficácia do tratamento. A continuidade da terapia medicamentosa oral é essencial para a cura.

Quando os pacientes estão hospitalizados, a via de administração oral, ainda, é a preferida e utilizada, pois reduz os gastos, no período da internação. Por isso, são importantes as orientações farmacêuticas e a compreensão dos acompanhantes, sejam eles família, cuidadores ou amigos, facilitando a terapia medicamentosa oral, fora do ambiente hospitalar. É preciso cuidado, orientação e acompanhamento, monitorado pelo profissional farmacêutico, dessa forma, a terapia medicamentosa oral será bem sucedida nos pacientes onco-hematológicos.

As maiores dificuldades de aceitação dos pacientes pediátricos são os comprimidos e cápsulas, principalmente nas crianças menores, atribuído ao tamanho do medicamento, que dificulta a ingestão. Já existem, na indústria farmacêutica, alguns dispositivos para facilitar a administração, como é o caso dos copos dosadores e seringas. Contudo, precisa haver cautela, na hora de administrar a medicação, para que não seja administrada uma dose errada, pois há casos de marcação de dosagem incorreta, como é o caso dos ml. A dosagem errada pode agravar a doença, dificultando um resultado positivo, além disso, as intercorrências começam a aparecer e o número de internações e idas ao hospital aumentam.

Durante o tratamento oncológico, as orientações farmacêuticas são essenciais, para que os pacientes tenham uma boa adesão, pois as informações promovem o uso seguro da medicação e incentivam a família a cuidar do paciente. A Casa Durval Paiva acolhe, durante o tratamento, e disponibiliza as medicações necessárias, proporcionando uma melhor qualidade de vida com possibilidade de cura.