De norte a sul do Brasil, a parceria entre poder público e terceiro setor ganha vulto e gera frutos, como as realizações que têm contribuído para mudar o cenário do câncer infantojuvenil em nosso país.
A cada ano, surgem cerca de 10 mil novos casos e 3 mil óbitos por câncer em crianças e adolescentes. Já o câncer em geral registra 375 mil casos e 125 mil óbitos. O câncer entre crianças e adolescentes é a doença que mais mata no Brasil na faixa etária de 5 a 19 anos.
Mas temos boas notícias que refletem o grande avanço no combate à doença nas últimas décadas: hoje raramente é preciso sair do país em busca de cura. Há tratamento aqui, e de qualidade. Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, as chances de cura atualmente chegam a 85%, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer, contra os 15% de trinta anos atrás.
A articulação entre diversas organizações da sociedade civil foi decisiva para mobilizar a sociedade em torno da causa e disseminar informações. Essas instituições possibilitam acesso ao tratamento a quem vive longe de grandes centros urbanos.
As casas de apoio são fundamentais nessa rede, já que, próximas a centros de tratamento, oferecem hospedagem, alimentação e transporte para os pacientes e familiares que estão longe de suas cidades de origem.
A maioria também proporciona suporte psicossocial, permitindo a continuidade dos estudos às crianças e adolescentes afastados da escola e atividades para os acompanhantes, o que possibilita a reinserção social da família, que terá nova perspectiva ao voltar para casa.
Hoje, além da cura, buscamos promover qualidade de vida para a criança, o adolescente e seus familiares.
Escrito por Rilder Campos – Presidente da Casa Durval Paiva.