A vigilância em saúde e o enfrentamento das iniquidades

A concepção do Sistema Único de Saúde (SUS) baseia-se na formulação de um modelo de saúde voltado para as necessidades da população, onde os princípios são: a universalidade, a integralidade, a equidade e o controle social.

Dentro do atual modelo de determinantes da saúde, considera-se que o termo vigilância em saúde pública reflete mais apropriadamente a visão integral necessária, para pôr em prática a epidemiologia nos serviços locais de saúde.

Dessa forma, vigilância em saúde perpassa por ações de promoção, vigilância, proteção e controle das doenças e agravos à saúde. Ao traçar o panorama sobre o tema do câncer na mídia brasileira, Juberg, Gouveia e Belisário (2006), reafirmam a importância da informação, através dos meios de comunicação, enquanto estratégia de prevenção, diagnóstico precoce e redução dos números de morbimortalidade.

As iniquidades em saúde caracterizam-se como diferenças no estado de saúde ou na distribuição dos recursos de saúde entre diferentes grupos, decorrentes das condições socioeconômicas em que as pessoas nascem, crescem, vivem, trabalham e envelhecem.

Nesse sentido, torna-se fundamental, para a redução dessas disparidades, as atividades que abrangem a vigilância em saúde – vigilância epidemiológica, promoção da saúde, vigilância da situação de saúde, vigilância em saúde ambiental, vigilância em saúde do trabalhador e vigilância sanitária, cuja finalidade é identificar medidas de prevenção e controle dos fatores de risco, relacionados às doenças ou outros agravos à saúde.

Ao pensar a redução das iniquidades em saúde, a exposição a fatores de risco deve ser analisada, buscando identificar quais fatores são pertinentes para cada grupo e em que diferem daqueles observados para a população em geral, sendo necessário, antes de qualquer ação, compreender ambos os conceitos em seus reais significados.

Diante de tal fato, é que a equipe multiprofissional da Casa de Apoio à Criança com Câncer Durval Paiva vem debatendo e realizando processos formativos, para aprimoramento no acolhimento e cuidado de crianças e adolescentes com câncer e doenças hematológicas crônicas.

Por Ana Carolina Galvão - Assistente Social Casa Durval Paiva - CRESS/RN 3731

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