A Casa Durval Paiva é uma instituição que promove bem estar, qualidade de vida e inclusão social por meio de projetos realizados com pacientes e acompanhantes. Surgiu para dar apoio e suporte a crianças e adolescentes com câncer e doenças hematológicas crônicas, contribuindo de forma humanizada no processo de tratamento e cura do paciente.

A instituição “atende crianças e adolescentes e seus familiares, durante e após o tratamento, buscando a cura, contribuindo para o resgate da cidadania, dignidade e a qualidade de vida”. É importante destacar que, mesmo estas crianças e adolescentes tendo um tratamento direcionado e um acolhimento humanizado, ocorre uma mudança significativa na rotina de suas vidas, uma vez que o espaço familiar é modificado pelo espaço institucional.

Esses pacientes vivenciam mudanças que vão desde a adaptação as regras e normas institucionais a mudanças biopsicossociais, ou seja, as mudanças ocorridas a partir do diagnóstico da doença e seu processo de tratamento. A relação com a equipe multiprofissional e os demais colaboradores e voluntários da Casa tornam-se um referencial importante durante o período de tratamento.

A equipe desempenha relevante papel no acolhimento e suporte aos pacientes e acompanhantes, tendo em vista oportunizar, criar e recriar possibilidades, conquistando novos caminhos diante da realidade em que se encontram pacientes e familiares.

Proporcionar um acolhimento/atendimento qualificado, técnico e humanizado contribui para um melhor resultado do tratamento, contribuindo para o fortalecimento das relações familiares e sociais. O apoio social exerce efeitos diretos no tratamento, no sentido de proporcionar um aumento na capacidade de pacientes e familiares contornarem as situações adversas.

Assim, as casas de apoio ajudam no tratamento de crianças e adolescentes sem prescrever medicações nem realizar procedimentos médicos/cirúrgicos, oferecem apoio e suporte fortalecendo as relações e o senso de pertencimento que permitem aos pacientes uma melhor qualidade de vida. São instituições relevantes não apenas por lutarem pela garantia e efetivação do direito dos pacientes, mas, uma vez que possibilitam a discussão de estigmas e preconceitos relacionados à doença, contribuem desta forma para romper barreiras sociais impostas pela sociedade.

Cícera Katiucia da Silva

Assistente Social – Casa Durval Paiva

CRESS/RN 3595