Anderson Oliveira da Silva é mais um paciente curado de câncer que, como tantos outros, testemunha sua história de lutas e superações. Filho de Joelma Amanda e de Judson Eusébio, ainda pequeno, foi diagnosticado com Leucemia Mieloide Aguda, no início do tratamento foi encaminhado para a Casa Durval Paiva, a partir daí sua história de vida teve um novo rumo.
As mudanças foram não só físicas como também emocionais e sociais. Antes da doença, Janderson era alegre, extrovertido, mas, com a queda do cabelo e a palidez, passou a se sentir diferente e a ser retraído, tímido, isolado do convívio com as pessoas. Foi graças ao apoio recebido na classe domiciliar da Casa Durval Paiva que Janderson ganhou autoestima e retornou ao convívio social.
Joelma, sua mãe, lembra que Janderson entrou na classe pela primeira vez aos 4 anos e 8 meses, bem no início do tratamento e a assistência recebida devolveu-o o convívio com outras crianças. Aos poucos, Janderson retomou a sua rotina do garoto, parecida com a da escola que anteriormente ele não queria mais frequentar por se sentir diferente das outras crianças.
Foi na classe domiciliar que as esperanças da família foram renovadas. Certa vez, Janderson disse a sua mãe – ‘Mainha, eu estou no meu lugar, todos aqui são do jeito que eu sou, queria morar aqui’. Foi na sala que ele perdeu a timidez. Aprendeu a dançar e até a tomar decisões
Na classe domiciliar Janderson aprendeu as cores, os números, a ler e a escrever. Joelma relata que com 5 anos o filho fez uma homenagem que ela jamais vai esquecer. “Ele nem sabia ler e no dia das mães tive uma grande surpresa quando o vi escrever ‘mamãe, eu te amo’, foi algo muito especial para mim”, afirma a mãe orgulhosa da evolução do filho.
Joelma também destaca o apoio recebido em outros projetos da Casa. “O Projeto Vida foi algo de muita importância na vida de minha família, pois nos deu o direito de ter um lar, um lugar que podemos dizer que é nosso. Realizamos um sonho que nunca imaginei que ia realizar tão cedo. Já na Sala de Artes aprendi muitas peças artesanais, customizar camisetas, bolsas, etc, a ganhar meu espaço no mercado de trabalho com a venda dos produtos e o mais legal, saber que sou capaz. A Casa me devolveu a dignidade”, ressalta.
Hoje, Janderson está curado, é um adolescente de 15 anos e ainda frequenta a classe domiciliar da Casa, gosta de todas as atividades, especialmente, dos passeios terapia e já consegue conviver com outros alunos no ambiente escolar convencional normalmente.