Sandra Fernandes da Costa –
Coordenadora Pedagógica – Casa Durval Paiva
A evasão escolar é caracterizada pelo abandono do aluno às frequências em sala de aula, durante o ano letivo. Sendo ela, um dos principais desafios das instituições de ensino, principalmente, na educação básica. De acordo com pesquisa realizada pela Fundação Roberto Marinho, antes da pandemia da Covid-19, indicam que o maior índice de evasão escolar está voltado para alunos do Ensino Fundamental e Médio, entre 14 e 19 anos. No qual, o baixo rendimento escolar, a falta de acolhimento da escola aos alunos que tiveram problemas pessoais de ordem emocional ou de saúde e a necessidade de trabalhar, para garantir o próprio sustento ou o da família, são fatores que tem contribuído para a falta de interesse dos alunos nas atividades escolares.
É evidente que, durante a pandemia da Covid-19, as lacunas que perpassam e nos deixam alertas, em relação a evasão escolar, principalmente, com os alunos que não estão sendo atendidos ou carecem da mediação promovida pelos professores, geraram uma perda brusca de vínculo com a escola. A precariedade de acesso às tecnologias e uma internet de baixa qualidade, expõem dificuldades de adaptação ao ensino remoto, que dificulta a aprendizagem e causam total desinteresse.
A evasão escolar e a falta de prioridade para a educação têm reflexos imediatos para a infância e, a longo prazo, pode impactar no futuro do país, acumulando mais jovens e adultos com menos estudo e menos chances de inserção no mercado de trabalho, bem como, aumento do analfabetismo e das desigualdades sociais.
A Casa Durval Paiva, preocupada com a escolarização dos pacientes cadastrados, vem realizando, junto ao serviço educacional da instituição, ações de orientação aos familiares e escolas, a fim de evitar que os seus alunos/pacientes façam parte da estatística de alunos evadidos no Estado, pós pandemia. Tendo em vista sensibilizá-los, sobre a importância da continuidade aos estudos, mesmo em meio ao tratamento e ao cenário pandêmico ao qual estamos vivendo, atualmente, pois justificamos nossas ações junto a sociedade, com a importante missão de acolher nossos pacientes antes, durante e após o tratamento médico.
Portanto, entendemos que continuar estudando, mesmo em meio ao tratamento médico e diante de uma crise sanitária mundial, onde todos foram pegos de surpresa, não é um privilégio, mas sim, um direito constitucional básico, pois a educação é uma importante propulsora do desenvolvimento das nossas crianças e adolescentes. Por isso, é de fundamental importância voltar nossos esforços em função de erradicar a evasão escolar, devendo ser essa, umas das missões de todos os envolvidos com a educação.