Realizar um trabalho voluntário, como o próprio nome já diz, é querer doar-se! Você ingressa por livre escolha e também está apto para sair da mesma forma. Mas neste intervalo de tempo, que para algumas pessoas dura uma vida, o voluntário pode tentar fazer realmente a diferença dentro de uma instituição ou em uma causa onde queira contribuir.
Primeiramente, o interessado deve trabalhar por inteiro e, para isso, sua vontade de ajudar tem que estar acima das outras obrigações cotidianas. Caso contrário, o que pode acontecer é que sempre vai ter algo mais importante para fazer na hora destinada à sua atividade solidária. A administração do tempo torna-se assim essencial para aquele voluntário que, mesmo com muitas atividades durante o seu dia, busca uma ocupação em favor da causa e do seu semelhante. Muitos voluntários se ausentam por determinados períodos de acúmulo de tarefas como por exemplo, época de provas na faculdade, mas sempre retornam quando a turbulência passa. Assim, conseguem manter o ritmo de voluntariado dentro da sua limitação de atividades do dia-a-dia.
Podemos destacar outro ponto importante para que o trabalho voluntário se torne eficaz: o foco. Quanto mais direcionado o voluntário estiver, mais motivação ele vai ter para o planejamento das suas atividades. A realidade é que o voluntariado tem que estar dentro de um projeto de vida pessoal daquele que se propõe a ajudar, assim o trabalho desenvolvido fica mais leve e acaba dando a conotação real de responsabilidade. E pensando em projeto de vida, aquele que decide se voluntariar precisa saber que as dificuldades existem e precisam ser superadas. É aí onde entra também a necessidade de se ter um equilíbrio emocional para realizar determinadas intervenções, pois lidar com o sofrimento ou a carência do outro não é uma tarefa simples.
O voluntário deve saber, acima de tudo, que o seu trabalho é capaz de mudar uma realidade, independente do setor ou da atividade que realize. E que o resultado daquele trabalho vem do que fazemos de forma individual, mas principalmente o nosso resultado vem do coletivo, da soma do pouco que cada um pode estar contribuindo. Na Casa Durval Paiva, o voluntário é orientado sobre a importância do seu trabalho que, muitas vezes, não precisa envolver o contato direto com o paciente, pois várias ações e setores, seja da área da saúde, social ou administrativa, estão trabalhando para a mesma finalidade, que é a melhoria de qualidade de vida das crianças e adolescentes atendidos.
E não é porque a ação é voluntária que deve ser feita sem controle, orientação ou direcionamento. Como todo ser que vive em sociedade, o voluntário precisa cumprir regras. Precisa estar atento ao cumprimento do horário que destinou para a atividade e às normas da instituição que trabalha, já que a partir do momento que se compromete, existem pessoas que passam a contar com o seu trabalho. Para ser voluntário os pré-requisitos são: ter mais de 16 anos (com autorização do responsável), algum tempo disponível na semana e muita, muita disposição em ajudar o outro. Seja voluntário e contribua você também!.
Escrito por Julliana Macêdo.