Desmistificando o serviço social

Desmistificando o serviço social

Desmistificando o serviço social

Keillha Israely 

Assistente Social – Casa Durval Paiva 

CRESS/RN 3592

São comuns as confusões e dúvidas sobre o que o assistente social faz. Existem algumas interpretações equivocadas e, inicialmente, é necessário esclarecer algumas diferenças entre Serviço Social, Assistente Social e Assistência Social.

Serviço Social é a profissão regulamentada pela Lei 8.662/93; Assistente Social é o profissional graduado em Serviço Social, por meio de curso reconhecido pelo MEC; e Assistência Social é a política pública, estabelecida desde a Constituição Federal de 1988, que integra o tripé da Seguridade Social, junto com as políticas de Saúde e Previdência Social.

Muitos equívocos, relacionados à profissão Assistente Social, devem-se ao fato que, quando criada, possuía um viés conservador, ligado a preceitos religiosos, onde as ações realizadas eram tidas como benesses, favor ou caridade, sendo, majoritariamente, formada por mulheres da alta sociedade. Entretanto, ao longo dos anos, a profissão passou por diversas mudanças e, hoje, há outro perfil.

O assistente social, conforme cita Iamamoto (2001), é um profissional liberal, inscrito na divisão social e técnica do trabalho, que tem como objeto de atuação as diversas expressões da questão social. Ele tem como norte importantes aparatos legais, dos quais destaca-se: Lei de Regulamentação da Profissão – Lei 8.662/93, Código de Ética, Projeto Ético-político, os quais representam um norte, para uma atuação comprometida, crítica e ética, para atender os usuários e suas famílias.

Na Casa de Apoio à Criança com Câncer, o setor de serviço social é a porta de entrada da instituição, sendo responsável pelo primeiro contato com os pacientes e familiares, encaminhados pelo hospital. Nesse momento, é realizado o acolhimento, escuta qualificada e cadastro, além de identificação das demandas iniciais, pois, a partir delas, são realizados os encaminhamentos para a equipe multidisciplinar. Bem como, a interlocução com toda a rede socioassistencial, a fim de garantir um atendimento humanizado e de qualidade para as famílias.

É válido salientar que o acompanhamento social ocorre durante todo o processo de tratamento, por meio de atendimentos individuais e em grupo, visitas domiciliares, que são de extrema importância para conhecer a família, as condições de vida e moradia dos pacientes, além de serem relevantes para outras intervenções.

Em suma, o cotidiano do profissional é recheado de desafios, limites e possibilidades. Seu trabalho não é realizado de forma isolada, pois, o suporte de toda a equipe institucional multidisciplinar e da rede socioassistencial são fundamentais para a realização deste fazer diário.