A inclusão digital vem sendo utilizada para substituição de contatos físicos. Relacionamentos via internet se tornam mais frequentes, sendo processos enfrentados por todos na atualidade e mais utilizado por crianças e adolescentes, uma faixa etária de descobertas em que é preciso mais esclarecimentos sobre os riscos, devido à exposição aos recursos tecnológicos.
Um desses riscos é o da rigidez mental, devido ao uso prolongado da ferramenta, que gera uma dependência mental que desencadeia alguns transtornos, principalmente, na personalidade do usuário, tornando-o em alguns casos mais agressivo, mal humorado, reativo, negligente a realização de outras tarefas, algo que pode chegar a dificultar até mesmo o tratamento.
Durante o processo de inclusão digital é comum a orientação quanto ao uso desses recursos, tendo em vista o mal decorrente a sua demasiada exposição e a pratica de composição de horário, para a criação de regras e estabelecimento de horários explícitos quanto ao seu uso, proporcionando o costume de estabelecer seus próprios horários, e, com isso, atenuar a exposição, prevenindo o risco de rigidez mental.
Outro risco bastante presente na atualidade é o de Cyberbullying que nada mais é do que o bullying praticado em meios virtuais, sendo eles via redes sociais, e-mail, SMS ou outro meio qualquer que utilize recursos digitais para se propagar informações. Esse, por sua vez, vem crescendo nos últimos anos e deixando um alerta à sociedade. Cada vez é mais comum vermos noticias sobre esse risco que não acontece devido a exposição em demasia e sim pelo mau uso da ferramenta, onde o praticante se utiliza da ferramenta como forma de humilhar ou ridicularizar a vitima por qualquer motivo, até mesmo uma foto que retrate alguma doença a qual esteja passando. Como no caso de crianças e adolescentes com câncer, que sofrem de alopecia (perda de cabelo) e que podem ser vitimas de um Cyberbullying ao se expor em redes sociais.
Sem contar no risco de exposição à pessoa de ma índole para a pratica de pedofilia que, em muitos casos, acontece através de salas de bate-papo, onde uma pessoa mal intencionada se passa por outra para tentar aliciar uma mais nova ou tentar marcar encontro com esse usuário mais novo.
Vemos essa realidade no convívio com os pacientes da Casa Durval Paiva, dentro do laboratório de Informática, onde adolescentes e crianças se unem para interação no mundo digital. Durante as aulas, são passadas orientações a todos os públicos: crianças, adolescentes e acompanhantes, para que os mesmos saibam sobre os riscos de uma exposição ao recurso tecnológico de forma errada e para que possam se prevenir.
É importante conversar com os pais ou acompanhantes responsáveis a fim de que saibam tomar medidas protetivas. Em casos em que a criança ou adolescente tenha sido vitima de bullying, é necessário a intervenção psicológica para conscientização sobre as fases do tratamento, as perdas temporárias, e o bem maior, a cura, para que assim o paciente possa novamente dispor de recursos tecnológicos, tendo em vista que o mesmo se sente isolado após passar por algo assim e queira novamente utilizar os recursos que o auxiliam no enfretamento do processo de tratamento do câncer, tirando um pouco da rotina pesada, proporcionando prazer e diversão.
Mayckon Dantas
Analista de TI – Casa Durval Paiva.