A farmacoterapia do câncer engloba várias classes de medicamentos antineoplásicos que tentam acabar com a doença e evitar o seu retorno; além destes medicamentos, faz-se uso de tratamento paliativo na tentativa de aliviar os sintomas causados pelo câncer e os efeitos colaterais da quimioterapia.

A quimioterapia ataca as células que estão crescendo ativamente, uma característica de células cancerosas, mas não faz distinção entre as células normais em crescimento ativo (tal como as células do sangue, boca, intestinos e cabelo) e as cancerosas. Os efeitos colaterais ocorrem quando os danos da quimioterapia atingem células normais, saudáveis que mantém funções do corpo e da aparência. No entanto, hoje em dia, os médicos têm cuidado não só do câncer mas também dos seus efeitos colaterais, pois sabe-se que a quimioterapia tem uma toxicidade alta.

Atualmente, por causa de medicamentos mais modernos, vários efeitos colaterais podem ser atenuados. Como consequência, hoje já e possível minimizar os efeitos colaterais como náuseas e vômitos decorrentes da quimioterapia, por meio de medicações potentes de última geração.

Na Casa Durval Paiva as crianças recebem as medicações adjuvante ao tratamento onco-hematológico, dentre elas, as de combate as náuseas e vômitos, sintomas estes bastante comuns relatados pelos pacientes e acompanhantes após as quimioterapias. Outro efeito colateral é a neutropenia (diminuição dos leucócitos, células de defesa), que aumenta significativamente os riscos de morbidade e mortalidade por processos infecciosos. Desta forma, os antibióticos também são medicamentos muitas vezes prescritos para as crianças de forma contínua.

Em decorrência das desospitalização, os ciclos de quimioterapias são ministrados com grande frequência nos serviços ambulatoriais. Dessa forma, os efeitos colaterais da quimioterapia surgem em casa, cabendo aos pais a realização de cuidados complexos para os quais nem sempre se encontram preparados. Em algumas situações, o paciente deve retornar imediatamente para o hospital, como por exemplo, nos casos de febre por mais de duas horas, principalmente igual ou acima de 38 graus; surgimento de manchas ou placas vermelhas no corpo; falta de ar ou dificuldade de respirar; diarréia por mais de dois dias; sangramentos que demoram a estancar e dor em qualquer parte do corpo inexistente antes do tratamento.

Na Casa Durval Paiva, esse suporte é dado às crianças e acompanhantes visto que os efeitos colaterais pós quimioterapia podem surgir levando algumas vezes os pacientes de volta ao hospital de referência. A cada volta, o enfermeiro ou medico são informados sobre tudo o que o paciente sentiu após a quimioterapia.

Contudo, cabe aos acompanhantes, familiares e demais pessoas que lidam com os pacientes ficarem atentos sempre aos sintomas após o tratamento quimioterápico, para que os cuidados venham a tempo, evitando assim problemas posteriores.

Escrito por Lianna Karinne Germano Chaves Lopes – Farmacêutica Casa Durval Paiva.