A sociedade por natureza é dependente e carente de seus pares, suscetíveis a cobranças absurdas, principalmente, em questão de aparência. Os que fogem destes padrões “normais” sejam estes, acima ou abaixo do esperado, com relação a peso, altura ou beleza, na maioria são rotulados de ‘estranhos’, expostos assim a uma forma vexatória denominada de bullying (anos 80) e que atualmente, devido a sua prática no meio digital, teve sua nomenclatura classificada como Cyberbullying, ou bullying virtual.
Na maioria dos casos, as vítimas são o publico jovem, mas não como regra, e, como a tecnologia atravessa paredes, ele não avisa as vítimas, quando e como irá acontecer, simplesmente entra em seus lares, basta um meio tecnológico, seja ele um computador de mesa ou um portátil.
O Cyberbullying inicia de forma sucinta, confundindo-se com uma brincadeira, e, sem perceber, já ultrapassa o limite suportável, e assim, em alguns casos, a vítima tenta contra si mesma, ou contra a vida de seu agressor, determinando o ponto final a pratica. É nesse momento que a convivência em sociedade se torna insuportável para a vítima, que tenta se livrar da pratica do cyberbullying e, em alguns casos, tem ações violentas, tornando-se agressiva, realizando pequenas ou grandes infrações.
Isso gera certo receio durante o tratamento de crianças ou adolescentes com câncer, tendo em vista o momento difícil que os pacientes já vêm passando, principalmente, pelos fatores a que são expostos devido à terapia, como o uso de máscaras e a queda de cabelo, que os tornam em alguns casos alvos do cyberbullying. Diante disso, os pacientes assistidos na Casa Durval Paiva são sempre orientados a explicarem as situações que estão passando, devido a necessidade maior que é a cura para a doença e orientadas que, em casos em que estejam sendo vítimas, possam relatar tudo a seus acompanhantes, para que os mesmos orientem da melhor forma ou busquem a solução para o problema.
Durante o processo de tratamento, é recomendável que os pacientes oncológicos infantojuvenis estejam envolvidos em atividades de conscientização e na formação de sua cidadania digital.
Mayckon Dantas
Analista de TI – Casa Durval Paiva.