Fisioterapia pós tratamento de câncer

Fisioterapia pós tratamento de câncer

Fisioterapia pós tratamento de câncer

Cinthia Moreno 

Fisioterapeuta – Casa Durval Paiva

CREFITO 83476-F

A missão da Casa Durval Paiva é acolher a criança e ao adolescente com câncer e doenças hematológicas crônicas e seus familiares, antes, durante e após o tratamento, buscando a cura, contribuindo para o resgate da cidadania, dignidade e a qualidade de vida. O setor de fisioterapia tem suas ações alinhadas com essa nobre missão e contribui, também, após o tratamento contra o câncer.

Alguns pacientes têm, como consequência do tratamento, deficiência que leva à limitação funcional. Nesses casos, como há a necessidade de suporte para otimizar o estado de saúde geral e melhorar sua função física, eles continuam indo ao setor de fisioterapia. É importante, com a progressão da reabilitação, estimular o paciente a praticar exercícios de forma regular, assim, ele será beneficiado com todas as vantagens da prática esportiva.

Outros pacientes buscam o setor para auxílio na tomada de decisões importantes, principalmente, em casos onde há possibilidade de procedimento cirúrgico para melhora da estética e funcionalidade. Recentemente, um paciente que fez tratamento para um tumor ósseo, há pouco mais de 11 anos, buscou opinião sobre uma cirurgia, em um hospital em outro Estado, que poderia trazer melhoras estéticas e talvez funcionais. A mãe não era favorável. Ele queria arriscar, já que estava incomodado com sua deficiência (aparência). “Não é em você!”. Essa frase trouxe muitas reflexões no momento da reavaliação. O profissional não pode ser influenciado ou tomar decisões pelo paciente, mas dar elementos, informações claras, para que ele decida, junto com seus responsáveis, o melhor a ser feito.

Já houve casos de um paciente ir ao setor de fisioterapia para esclarecer dúvidas sobre suas condições físicas para o primeiro emprego. É fundamental que a fisioterapia contribua para que o paciente reconheça suas capacidades. Mesmo que haja uma deficiência, que comprometa a mobilidade, e o paciente use muletas ou cadeira de rodas, por exemplo, há muitas possibilidades, em várias áreas. O importante é fazer o que gosta, o que faz bem.

Assim, continuamos promovendo qualidade de vida, mesmo após o tratamento, e contribuindo para que o paciente tenha dignidade, seja diante do seu espelho, do mercado de trabalho ou qualquer situação do seu contexto de vida.