A anemia falciforme é uma doença do sangue crônica e hereditária, herdada dos pais. A doença provoca a destruição e deformação das hemácias que são as células vermelhas do sangue. A doença não tem cura e causa dor nas articulações, sendo esta sua principal característica.
As hemácias são responsáveis por transportar oxigênio para os tecidos. Nos portadores de anemia falciforme as hemácias apresentam uma deformidade na estrutura ficando em forma de foice. Esse aspecto dificulta que as células vermelhas cheguem até os vasos sanguíneos, impedindo o fluxo do sangue e diminuindo a quantidade de oxigênio distribuído para os tecidos e órgãos, ocasionando a dor. O tratamento é feito com os antibióticos e anti-inflamatórios que proporcionam o alívio das dores e a prevenção de infecções.
Na anemia falciforme o paciente apresenta vários momentos de crise de dor. Estudos científicos indicam que a dor frequente não está relacionada apenas a doença mais a outros fatores tais como: stress, ansiedade, estado psicológico, dentre outros. Essas crises promovem um impacto na vida do paciente, pois ele deixa de ir à escola pelas crises frequentes e sofre com a ansiedade de já aguardar a próxima crise.
Os estudos relatam que tratamentos e intervenções não farmacológicas vêm melhorando as condições clínicas dos pacientes falcêmicos, reduzindo as dores e os episódios de internação. A Casa Durval Paiva através da equipe multidisciplinar atua nas intervenções não farmacológicas com a finalidade de promover a diminuição da dor, à reabilitação e uma melhor qualidade de vida aos pacientes assistidos.
As técnicas de respiração e relaxamento proporcionam diminuição da dor e alívio à tensão dos músculos, a fisioterapia desenvolve e recupera habilidades; terapias, massagens e acupuntura diminuem o nível de stress e ansiedade; terapia de grupo e apoio psicológico melhoram o comportamento e convívio social; medidas educativas também fazem parte desse contexto de intervenções, como por exemplo, a orientação da higienização da cavidade oral para manter a boca sadia, prevenindo as infecções.
Concluímos assim, que as Intervenções não farmacológicas no tratamento da anemia falciforme em crianças e adolescentes promovem a diminuição da dor e uma melhor qualidade de vida para os mesmos.
Escrito por Isabelle Medeiros – Resende CRF-RN 2541 – Farmacêutica.