Constantemente nos deparamos com relatos que a tecnologia é vilã e dificulta o combate aos crimes sexuais cometidos contra crianças e adolescentes. Com o intuito de inverter esse papel, faremos uma abordagem diferente, tornando-a um ator importante para coibir esses eventos criminosos.
Partindo do conceito que a violência sexual, caracteriza-se por atos praticados com finalidade sexual que, por serem lesivos ao corpo e a mente do sujeito violado (crianças e adolescentes), desrespeitam os direitos e as garantias individuais, como: liberdade, respeito e dignidade previstos na Lei nº 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990, Artigos 7º, 15, 16, 17 e 19).
E que de acordo com os autores Kaplan e Sadock (1990), os maus-tratos na infância representam uma doença médico-social que está assumindo proporções epidêmicas na população mundial. O abuso sexual de crianças e adolescentes é um dos tipos de maus-tratos mais frequentes, apresentando implicações médicas, legais e psicossociais que devem ser cuidadosamente estudadas e entendidas pelos profissionais que lidam com esta questão.
Diversos estudos demonstram que as consequências do abuso sexual infantojuvenil estão presentes em todos os aspectos da condição humana, deixando marcas físicas, psíquicas, sociais, sexuais, entre outras – que poderão comprometer seriamente a vida da vítima que passou por determinada violência.
Além dos cuidados que são inerentes as patologias oncohematológias de crianças e adolescentes domiciliadas na Casa Durval Paiva, temos que ampliar a nossa visão dentro de uma perspectiva global, considerando todo o contexto social, com a finalidade de promover uma melhor qualidade de vida a esses pacientes. Sendo assim, vimos a necessidade de incluir nas atividades práticas de informática, conteúdo que aborde e auxilie no enfrentamento da violência sexual que pode começar nas redes sociais e salas de bate papo, por exemplo.
Faz-se necessário utilizar as novas tecnologias como fonte de conhecimento e, dessa forma, gerar uma consciência nos usuários para identificar e enfrentar possíveis atos de violência sexual que porventura venham a ocorrer.
Esse trabalho consiste na orientação de acesso a informação confiável que está disponível na internet e também alguns aplicativos de denúncias disponibilizados gratuitamente.
Fábio Ferreira
Profissional de TI – Casa Durval Paiva