Fabio Ferreira
Gestor de TI – Casa Durval Paiva
A Geração Z é formada por aqueles que nasceram entre 1992 e 2010, ou seja, após o surgimento da internet, e que desde pequenos já são familiarizados com todas as possibilidades da era tecnológica. Essas pessoas nunca viram o mundo sem a presença de computadores, tablets, celulares e smartfones e, desde muito pequenos, já se adaptam muito bem com esses dispositivos, aprendendo com muita facilidade seu manuseio. Por isso, quando o assunto é tecnologia digital, estão sempre um passo à frente dos mais velhos (A geração X pessoas que nasceram do início de 1960 até o início dos anos 1980 e a geração Y contempla aquelas que nasceram entre o fim dos anos 1980 e o início dos anos 1990.
No campo da carreira profissional os jovens e adolescentes da geração Z, são desconfiados, pois não acreditam na ideia de exercer apenas uma função pelo resto da vida. Estão ainda para chegar ao mercado, mas já se espera dessa geração uma grande flexibilização nas relações de trabalho, com uma forte produção conectada à velocidade da tecnologia. As principais características dessa geração são: responsabilidade social, ansiedade extrema, menos relações sociais, desapego das fronteiras geográficas e necessidade de exposição de opinião.
Muitos pais têm tido um grande choque ao perceberem que seus filhos navegam tão facilmente pela internet em dispositivos como tablets ou smartphones, e tendem a compará-los a si mesmos quando jovens. Importante lembrar que essa geração chegou ao mundo em um momento de contexto tecnológico totalmente diferente daquele em que viveram os pais. Por isso, a adaptação natural tornou essas crianças propensas a essa inovação. Nesse sentido é fundamental sabermos como educar adequadamente essa nova geração. Partindo do princípio que as crianças estão treinadas para lidar com a tecnologia, nada melhor que utilizar essa ferramenta para conseguir sua atenção e engajamento.
Esse tem sido o grande desafio para os profissionais que atuam com educação com crianças com câncer e doenças hematológicas crônicas na Casa Durval Paiva. Para atingirmos resultados positivos nesse processo é de grande importância dispormos de uma boa infraestrutura na escola e uma excelente preparação dos professores para fazer um uso adequado dessas ferramentas. Não criamos uma oposição entre o aprendizado e a tecnologia, como é comum acontecer nas instituições tradicionais. Compreendemos que o papel do educador deve ser formar alunos mais críticos e criativos em relação ao uso dessas ferramentas tecnológicas, incorporando de fato a tecnologia no currículo escolar.
Portanto, é necessário que o educador aja de forma criativa e analítica, e leve para a sala de aula as ferramentas como aliadas de forma a engajar e estimular o interesse, levando em consideração todas as características da geração Z. É fundamental se adequar a esse novo estilo de educação, lembrando que a geração Alpha já está chegando.