A Organização Mundial de Saúde (OMS) propõe que, para o uso racional de medicamentos, é preciso, em primeiro lugar, estabelecer a necessidade do uso do medicamento; a seguir, que se receite o medicamento apropriado, a melhor escolha, de acordo com os ditames de eficácia e segurança comprovados e aceitáveis. Além disso, é necessário que o medicamento seja prescrito adequadamente, na forma farmacêutica, doses e período de duração do tratamento; que esteja disponível de modo oportuno, a um preço acessível, e que responda sempre aos critérios de qualidade exigidos; que se dispense em condições adequadas, com a necessária orientação e responsabilidade, e, finalmente, que se cumpra o regime terapêutico já prescrito, da melhor maneira possível.
Depois de tomado o medicamento, leva algum tempo para começar a aliviar as dores ou outros sintomas, isso não ocorre como passe de mágica, é importante a conscientização das pessoas pois o medicamento que foi feito para promover a cura, se tomado de forma exagerada e compulsiva sem as devidas orientações, pode trazer sérios danos à saúde, deixando sequelas no organismo e podendo levar o paciente à morte.
Para se ter uma boa qualidade de vida é recomendável não consumir medicamentos através da automedicação, sem a orientação de um profissional qualificado e sem uma prescrição médica. É necessário adotar hábitos saudáveis diários; como exercício físico, alimentação balanceada e também podem ser introduzidos outros métodos não farmacológicos, como: massagem, terapias, auriculoterapia, dentre outros, pois ajudam a relaxar e a diminuir o stress.
Tomar medicamento sem orientação é um risco. Durante a consulta médica, o acompanhante deverá informar as medicações usadas pelo paciente. Devido as embalagens coloridas e o fácil acesso em casa as crianças podem sofrer uma ingestão acidental, levando a intoxicações. Um levantamento feito pelo Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox) da Fiocruz, feito em 2009, revela que 27% do total dos casos registrados por problemas relacionados à intoxicação em crianças ocorreram na faixa etária em 1 a 4 anos, o que reitera os cuidados necessários junto a esse público.
Na Casa Durval Paiva o profissional farmacêutico orienta e educa os pacientes e acompanhantes sobre a importância de seguir a prescrição médica não só durante o tratamento, mas mesmo quando interrompido ou concluído, que os medicamentos só devem ser utilizados quando necessários e prescritos. Dessa forma, buscamos garantir a segurança do paciente, pois durante o tratamento de câncer em crianças a dose terapêutica quimioterápica é bem próxima da dose tóxica.
Para as crianças em tratamento de quimioterapia, caso haja alguma intercorrência durante esse período e seja necessário a consulta com outra especialidade médica, se faz necessário a comunicação entre esses profissionais para a segurança da criança, pois mesmo sendo dispensado em acordo com a prescrição médica de outra especialidade, esse medicamento pode trazer algum dano, diminuindo ou potencializando os efeitos dos medicamentos quimioterápicos. Concluímos assim ser de grande importância o uso racional dos medicamentos, especialmente para os pacientes em tratamento oncológico.
Isabelle Medeiros Resende
Farmacêutica – Casa Durval Paiva.
CRF 2541